sábado, 31 de agosto de 2013

CARNAVAL DE 1931

FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Grupo I.
LOCAL: Praça Onze.
DATA: 15/03/1931 (domingo).
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: Jardim da Mangueira.
CARNAVALESCO: Seu Armando.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
SAMBAS CANTADOS NO DESFILE
JARDIM DA MANGUEIRA
AUTORES: Cartola e Carlos Cachaça.
NÃO FAZ AMOR
DEIXA-ME DORMIR
Ó MINHA FLOR
TENHA DÓ DE MIM
SONHEI, ACORDEI ASSUSTADO
RECEOSO QUE TIVESSE
ME ENGANANDO
EU NÃO DURMO SOSSEGADO

NA FLORESTA
AUTORES: Cartola e Carlos Cachaça.
NA FLORESTA DEI-TE UM NINHO
E MOSTREI UM BOM CAMINHO
QUANDO A MULHER NÃO TEM BRIO
DIZEM QUE É MALHAR
EM FERRO FRIO

SEM TÍTULO
AUTOR: Bucy Moreira.
FOI EM SONHO
QUE TE AMEI
E RISONHO
TE ABRACEI
SE TU SOUBESSES, AMOR
QUANTO EU SOFRI
ACORDEI
NÃO TE VI,
CHOREI...
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Mário Nogueira.



(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MANGUEIRA UM OLIMPO ONDE OS DEUSES FAZEM SAMBA*

Comissão de Frente do desfile de 1978. (01)

     Xangô, Preto Rico, Padeirinho, Cartola, Carlos Cachaça, Mano Elói, Geraldo Pereira, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Darcy, Gradim, Zé da Zilda. Alguns deuses da imensa mitologia Verde-e-Rosa.

"Habitada por gente simples e tão pobre,
Que só tem o sol que a todos cobre,
Como podes, Mangueira cantar?" (02)

"Alvorada lá no, que beleza,
Ninguém chora, não há tristeza
Ninguém sente dissabor.” (03)

     Cartola sabia muito bem como a gente simples da Mangueira podia cantar. Quando fez o samba (gravado magistralmente mais tarde por ele e a filha Creuza), conhecida a força dos artistas de sua Escola de Samba, a inspiração dos componentes da Ala de Compositores, o lirismo dos poetas, capazes de irem buscar, nos próprios corações, versos e poemas de embasbacar acadêmicos.
     Tanto sabia que, tempos depois, uniu seu talento ao do velho parceiro, Carlos Cachaça, e ao lado do novo, Hermínio Bello de Carvalho, e contou cantando a beleza das alvoradas mangueirenses, um lugar onde ninguém chora, não há tristeza nem dissabores. Um lugar que identifica seus moradores como "gente da Mangueira", título exibido com orgulho por quem o ostenta.
     Gente como Neuma, a Dona Neuma, eterna primeira-dama da Escola e do morro. Filha de Saturnino Gonçalves, fundador e primeiro presidente da Mangueira, viu o pai morrer nos braços do amigo Cartola, em 1935, e assumiu por completo as funções de liderança, que exerceu até morrer. Famosa pelo destabocamento verbal, dizendo o que pensava a quem fosse preciso. Dona Neuma era uma espécie de Tia Ciata dos anos 1950. Durante muito tempo, única a ter telefone no morro, recebendo recados para todo mundo. Dona Neuma também abrigou quantos procuraram ajuda. Em sua casa, decisões eram tomadas mais a sério que nas próprias reuniões de diretoria. Opinião de Dona Neuma sempre teve peso e respeito, que muito bamba e valente jamais conseguiu. Falar Dona Neuma era ouvir Mangueira. E vice-versa.
     Dona Neuma era a memória viva da Escola de Samba e do morro. Da mesma maneira que era conhecida por todos, conhecia todo mundo, sabia quem era quem, quem fazia isso ou aquilo. Não se contava a história da Mangueira (ou de quem viveu perto dela) sem ouvir a moradora mais famosa. Que não tinha papas na língua e já descreveu os porres de Noel Rosa no Buraco Quente, que acabavam sempre com a primeira mulher de Cartola, a Deolinda, carregando nos braços o franzino autor de "Com Que Roupa?", para um banho na bacia, com direito a talco "nas partes intimas", a fim de curar a carraspana.
     Outra memória famosa na Mangueira é a do compositor Nelson Sargento. Sabe todos os sambas, de todos os compositores do morro. Certa vez, cantou para Cartola uns cinco ou seis inéditos. O "Divino" achou-os muito bonitos e perguntou de quem eram. "São seus", respondeu Nelson e emendou brincando: "Se me der parceria, canto mais uns dez que você não lembra", Nelson Sargento é autor, em parceria com o padastro, Alfredo Português, do samba "As Quatro Estações do Ano", que ficou conhecido como "Primavera", sem dúvida um dos mais bonitos de todos os tempos.
     A Ala dos Compositores da Mangueira sempre foi invejada pelas outras Escolas. O grande número de talentos que exibiu no correr da história justificou a fama e muitos deles fizeram carreira fora da Escola. Compondo ou cantando, tornaram-se prestigiados não só no mundo do samba, mas pelo público em geral, sendo bastante destacado o exemplo da única mulher a fazer parte dessa Ala, a cantora e compositora Lecy Brandão. Nelson Cavaquinho, Cartola, Geraldo Pereira, Nelson Sargento, Preto Rico, Carlos Cachaça, Zagaia, Pelado, Jamelão e Zé da Zilda são outros nomes que chegaram ao sucesso, rompendo os limites da Escola.
     As mulheres tiveram também, ao correr do tempo, importante papel na história da Mangueira. além de Dona Neuma, desde os primeiros momentos como comunidade popular, o morro já tinha suas lideres. Tia Fé, mãe-de-santo afamada e dona de Bloco Carnavalesco, foi uma delas, citada pela grande descendência que gerou. Oura foi uma portuguesa conhecida como Joaquina, que chegou, instalou-se com uma tendinha, ali por 1920, e quando morreu todos chamavam o local de Joaquina. Virou nome de bairro, até hoje.
     As três Nair ficaram famosas. Nair grande, também dona de tendinha, fumava, bebia e jogava pernada como qualquer homem. Nair Pequena morreu em plena Av. Presidente Vargas, enquanto a Mangueira desfilava, e Nair Brinquinho, assim apelidada por um pequeno defeito na orelha. Lina, a primeira Porta-Bandeira, ensinou tudo à sobrinha Neide, a maior de todas. Sorriso que iluminava mais que a decoração do desfile. Neide ficou conhecida como a grande Porta-Bandeira da metade do século XX. Numa ocasião, tentada por bela oferta em dinheiro, passou para a Unidos de Vila Isabel, onde não chegou a terminar o primeiro ensaio. Um "comando" da Mangueira foi até lá e a levou de volta para casa na "mão-grande".
     Nanana foi madrinha da Bateria por quase vinte anos. Sabendo tudo de samba, cabrocha de alta linha, puxava cuíca melhor que muito batuqueiro, além de ser uma da mulheres mais bonitas da Escola. O filho, Ivo Meirelles, chegou a ser a ser presidente da Mangueira. Tereza Santos, exilada na África pela Revolução de 1964, foi a responsável por todo o movimento cultural que agitou o morro na época, ensinando, alfabetizando, orientando, politizando moradores de todas as idades, lançando as sementes do projeto Mangueira do Amanhã. E, naturalmente vestindo verde e rosa, nos dias de Carnaval. Zica, a Zica do Cartola, em seus últimos anos de vida já não vivia no morro, mas era mais fácil encontrá-la por lá, que em sua casa em Jacarepaguá.
     Gente da Mangueira. Como pode essa gente cantar?, perguntava Cartola no samba. Como pode ficar essa gente sem cantar? pergunta a vida.
 
 
* O texto e a foto foram extraídos da coleção História do Samba, capítulo 05, p.'s 86-88.

(01) - Foto extraída do livro Mangueira, a Nação Verde-e-Rosa, p.108;
(02) - SALA DE RECEPÇÂO – Cartola;
(03) - ALVORADA – Cartola, Carlos Cachaça e Hermínio B. de Carvalho.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

CARNAVAL DE 1930

FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Grupo I.
LOCAL: Praça Onze.
DATA: 02/03/1930 (domingo).
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: Eu quero nota.
CARNAVALESCO: Seu Armando.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
SAMBAS CANTADOS NO DESFILE
EU QUERO NOTA
AUTOR: Arthuzinho.
EU QUERO NOTA
CARINHO E SOSSEGO
PARA VIVER DESCANSANDO
CHEIO DE ALEGRIA, MEU BEM
COM UMA CABROCHA AO MEU LADO
EU QUERIA TER DINHEIRO
QUE FOSSE GRANDE PORÇÃO
EU COMPRAVA UM AUTOMÓVEL
E IA MORAR NO LEBLON
SOU UM TRISTE OPERÁRIO
NÃO POSSO BANCAR BARÃO
VOU MORAR LÁ EM MANGUEIRA
NUM MODESTO BARRACÃO
(BREQUE)
EU QUERO NOTA...

LINDA DEMANDA
AUTOR: Saturnino.
LINDA DEMANDA
EXISTE NO SAMBA
É A NOSSA LUTA SEM RANCOR
MANGUEIRA
OSWALDO CRUZ E ESTÁCIO
AMIZADE QUE ESTREITA
OS LAÇOS POR AMOR...
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Mário Nogueira.



(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

CARNAVAL DE 1929

FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Grupo I.
LOCAL: Praça Onze.
DATA: 10/02/1929 (domingo).

FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: Chega de demanda.
CARNAVALESCO: Seu Armando.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
SAMBAS CANTADOS NO DESFILE
CHEGA DE DEMANDA
AUTORES: Cartola.
CHEGA DE DEMANDA, CHEGA
COM ESTE TIME TEMOS QUE GANHAR
SOMOS DA ESTAÇÃO PRIMEIRA
SALVE O MORRO DE MANGUEIRA
CHEGA DE DEMANDA, CHEGA
COM ESTE TIME TEMOS QUE GANHAR
SOMOS DA ESTAÇÃO PRIMEIRA
SALVE O MORRO DE MANGUEIRA


BEIJOS
AUTOR: Cartola.
BEIJOS,
AINDA QUERO MAIS BEIJOS TEUS
BEIJOS,
PARA SATISFAZER OS MEUS
BEIJOS,
NEM QUE SEJAM DE FALSIDADE
BEIJOS,
MELHOR QUE SE FOSSEM DE VERDADE


SEM TÍTULO
AUTOR: Zé Criança.
DIZEM EU NÃO SEI COM CERTEZA
QUANTO SOFRE AQUELA POBRE INFELIZ
ASSIM A SORTE QUIS
FOSTES SEMPRE A CULPADA
VIVER ASSIM CASTIGA
POR QUE SOFRES ESMERALDA

SEM TÍTULO
AUTORES: Cartola e Carlos Cachaça.
SERIA BEM FELIZ SÓ EM SABER
QUE OUVIRAM DIZER QUE ME TENS AMIZADE
PARA TE DIZER TODA A VERDADE
EU NÃO TENHO NINGUÉM, QUE ME QUEIRA BEM
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Mário Nogueira.
FICHA TÉCNICA DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
1º MESTRE-SALA: Marcelino José Claudino, o Maçu.
1ª PORTA-BANDEIRA: Raimunda.



(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

NOSSA GENTE - FOTOS (02)*

  Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho
 
 Cartola e Nelson Cavaquinho
 
 Nelson Cavaquinho
 

* As fotos aqui postadas foram extraídas da coleção História do Samba, capítulo 31, p's.618-619.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

NOSSA GENTE - FOTOS (01)*


Cartola e sua filha Regina


Clementina de Jesus e Beth Carvalho

 
Zé da Zilda e Zilda do Zé
 
 
 * As fotos aqui postadas foram extraídas da coleção História do Samba, capítulo 31, capa e p.607 e capítulo 18, p.356.

domingo, 25 de agosto de 2013

EU SOU CARTOLA, EU SOU A ESTAÇÃO PRIMEIRA!*


     Angenor de Oliveira descobriu que era Angenor, quando casou com Zica, já quase sessentão. Até ali se julgava Agenor, como era chamado pelo pai, Sebastião Joaquim de Oliveira, e pela mãe, Ana Gomes de Oliveira. Mas, o erro do escrivão não teve importância, pois a cultura brasileira consagraria o compositor da Escola de Samba Primeira de Mangueira pelo singelo apelido de Cartola.

     Cartola nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de outubro de 1908, e teve infância de menino bem tratado pelos pais e avós. Participava de festas de rua, frequentava o Rancho Arrepiado e gostava das festas de ruas de Laranjeiras, o seu bairro. Desfilava no dia de Reis e só não gostava das várias escolas pelas quais passou, concluindo o curso primário a muito custo.
     A família se muda para o morro da Mangueira e o destino do moleque Agenor (então com 11 anos) estaca selado. No morro, mistura-se com a malandragem, começa a se interessar pela música e entra em conflito com o pai. Pouco tempo depois, a mãe morre, o pai abandona a Mangueira, mas Cartola, à época com 14 anos, fica por lá, iniciando carreira de boêmio.
     Entre uma roda de samba e outra, tratou de arrumar emprego. Perambulando por algumas gráficas, mas acabou ajudante de pedreiro e mais uma vez o destino interferiu: usando chapéu-coco para não sujar os cabelos com cimento, passou a ser chamado de Cartola pelos companheiros e nunca mais outro nome o identificou.
     Em 1928 já estava tomado pelo amor à Mangueira. Os amigos, bambas nas pernadas das rodas de samba, respeitavam a facilidade com que tratava o violão e a inspiração que fazia nascer sambas já famosos em toso o morro. Quando fundaram o Bloco dos Arengueiros, levaram o menino franzino, que não ajudava em briga, mas na hora de fazer samba era imbatível.
     Pois foi o menino que percebeu que era hora de acabar com arruaças, unificar os sambistas e criar uma Escola de Samba que representasse o morro e fosse respeitada. Foi dele a escola do nome Estação Primeira de Mangueira. foi ele quem selecionou as cores verde e rosa para o pavilhão que seria o mais amado do Brasil. Cores conflitantes, mas que harmonizam perfeitamente quando se unem em nome da Mangueira.
     O primeiro Diretor de Harmonia da Mangueira foi Cartola. Seus sambas-enredo criaram escola ("Vale do São Francisco" é citado ainda hoje como um dos melhores de todos os tempos), logo a fama desceu as ladeiras e espraiou-se pela cidade. Cantores como Francisco Alves e Mário Reis paravam carros de luxo no pé do morro a procura de Cartola, para comprar seus sambas. Carmem Miranda e Sílvio Caldas, entre outros astros e estrelas do rádio, gravaram sambas "daquele talentoso menino da Mangueira".
    Nessa fase, Cartola fica viúvo, some e chega a ser dado como morto. Redescoberto no final dos anos 1950, volta à Mangueira, casa-se com Zia, abre o restaurante Zicartola e retoma a história do samba, interrompida desde que estava desaparecido. Em 1974, com produção de J.C. Botezelli, o Pelão, graça o primeiro LP (viriam outros), documento importante para a cultura brasileira.
     Vive então uma fase áurea de reconhecimento à sua arte, mas, em 30/11/1980, morre aos 72 anos. Velado na quadra da sua Mangueira, foi enterrado no Cemitério do Caju.


* Texto extraído da Coleção História do Samba, Vol. Galeria do Samba, p.10.

sábado, 24 de agosto de 2013

CAMAROTES DO PALÁCIO DO SAMBA*

Reinauguração da Quadra, site do jornal O Dia 10/08/2013, 22:38:27
 
    O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, no intuito de homenagear alguns de seus ícones, em 1996 na gestão de Elmo José dos Santos, os camarotes existentes no Palácio do Samba, receberam o nome de grandes personalidades mangueirenses.
    Estes espaços foram rebatizado na gestão de Ivo Meirelles, mas em 2013, após a reforma realizada no Palácio do Samba, todos os camarotes receberam placas com suas identificações originais por determinação do presidente Francisco de Carvalho.
     No Palácio do Samba existem vinte camarotes. Destes dois são destinados a sua presidência. Por existir um camarote a mais no lado impar não existe o camarote de número 18.
 
CAMAROTE PRESIDENCIAL  DJALMA DOS SANTOS
     Djalma dos Santos, popularmente conhecido por Djalma Preto foi Presidente nos períodos: de 1972 a 1974, de 1974 a 1976 e 1984 a 1986, em sua gestão foi assinada a escritura do terreno para construção da Quadra de Ensaio e inaugurou "O Palácio do Samba". Foi campeão como Presidente da Agremiação em: 1973 (Lendas do Abaeté), 1984 (Yes, Nós Temos Braguinha), e 1986 (Caymmi Mostra ao Mundo o que a Bahia e Mangueira têm). Também foi campeão como Presidente da Comissão de Carnaval em: 1967 (O Mundo Encantado de Monteiro Lobato) e 1968 (Samba, Festa de um Povo). Djalma Preto Recebeu o título de Presidente de Honra em 1986.
 
CAMAROTE PRESIDENCIAL –  JUVENAL LOPES
     Juvenal Lopes foi Presidente nos biênios: 1964 a 1966, 1966 a 1968 e 1968 a 1970. Foi campeão como Presidente da Agremiação em: 1967 (O Mundo Encantado de Monteiro Lobato) e 1968 (Samba, Festa de um Povo). Em sua gestão foi construída a primeira Quadra de Ensaios da Escola. Juvenal Lopes em 1969 recebeu o título de Presidente de Honra.
 
CAMAROTE 01 –  NININHA XOXOBA
     Sebastiana Teixeira de Almeida, popularmente conhecida por Nininha Xoxoba, teve a sua trajetória na Agremiação começou com componente infantil. Foi passista, Porta-Bandeira e integrou a Ala das Baianas. Nininha Xoxoba foi muito popular, quando chegava à Quadra, era muito solicitada para dar o seu show. Ficou muito famosa, pois fazia movimentos verticais com as nádegas, paralisando uma e movimentando a outra, alternadamente.
 
CAMAROTE 02 –  SEU JÚLIO
     Júlio Dias Moreira, popularmente conhecido por Seu Júlio foi o primeiro ensaiador da Escola. Era o responsável pelos ensaios das pastoras no Largo da Glória quando chovia, eram realizados na sala de sua casa no Buraco Quente, onde por muito tempo eram guardados todos os troféus conquistados pela Escola. Foi o criador da Ala Infantil da Escola em 1933. Seu Júlio foi Diretor Técnico que substituiu o Presidente Saturnino Gonçalves, quando de sua enfermidade.
 
CAMAROTE 03 –  JORGE CANDINHO
     Jorge Pereira da Silveira, popularmente conhecido por Jorge Candinho um dos fundadores da Ala dos Periquitos (a primeira Ala da Estação Primeira). Foi um efetivo colaborador da Escola, financeiramente. Jorge Candinho participou da fundação do "Bloco do Mestre Candinho" (1917), um dos mais fortes Blocos existentes no reduto da Mangueira. Sua sede era localizada onde hoje esta situada a Quadra de Ensaios da Mangueira ("O Palácio do Samba").
 
CAMAROTE 04 –  MINISTRINHO
     Hermes Rodrigues, popularmente conhecido por Ministrinho foi o contato político da Escola e, por ter baixa estatura recebeu o apelido que o identificava. Ministrinho foi o responsável pela visita de Pedro Ernesto (na ocasião prefeito da cidade), à Quadra de Ensaios, quando a comunidade recebeu de presente a Escola Pública Humberto de Campos, no Buraco Quente. Diretor Secretário e um dos criadores do primeiro estatuto social da Escola. Foi responsável pela legalização da Escola de Samba (1936/1937), recebendo a denominação de Grêmio Recreativo.
 
CAMAROTE 05 –  TIA MENINA
     Clotilde de Oliveira, popularmente conhecida por Tia Menina, baiana das mais antigas da Escola. Foi fundadora da Ala das Cozinheiras (a primeira Ala Feminina da Mangueira). Era irmã de Dona Zica e companheira de Carlos Cachaça. Tia Menina era famosa nas Festas Juninas da Mangueira, pois participava sempre dos "Casamentos Caipiras" como noiva, padre, delegado, etc...
 
CAMAROTE 06 – PADEIRINHO
     Oswaldo Vitalino de Oliveira foi apelidado assim por trabalhar, desde criança, na padaria de seu pai. Iniciou sua carreira no samba como ritmista. Componente da Ala dos Compositores foi o criador de gírias tais como: "Mora no Assunto" e "Vocabulário do Morro". Padeirinho foi vencedor do samba-enredo em 1956 (O Grande Presidente) e um dos autores do samba-enredo de 1972 (Rio Carnaval dos Carnavais).
 
CAMAROTE 07 – JORGE PELADO
     Jorge Alves de Oliveira, popularmente conhecido por Jorge Pelado foi um ilustre componente da Ala dos Compositores. Foi Estandarte de Ouro de 1979 como "Personalidade Masculina". Pelado foi um dos grandes vencedores de sambas-enredo da Mangueira, ele foi um dos autores dos sambas de: 1951 (Unidade Nacional), 1952 (Gonçalves Dias), 1953 (Caxias), 1954 (Rio de Janeiro de Ontem e de Hoje), 1959 (Brasil Através dos Tempos), 1960 (Carnaval de Todos os Tempos), 1961 (Recordações do Rio Antigo), 1963 (Exaltação à Bahia), 1964 (Histórias de um Preto Velho) e 1965 (O Rio Através dos Séculos).
 
CAMAROTE 08 – MESTRE BABAÚ
     Waldemiro José da Rocha, popularmente conhecido por Mestre Babaú foi um ilustre componente da Ala dos Compositores, considera um dos bons partideiros. Compôs mais de 300 obras entre sambas de quadra, sambas e marchas. Babaú participou da fundação das Escolas de Samba: Unidos do Cabuçu, Arranco do Engenho de Dentro e Unidos do Outeiro, e também do Bloco Carnavalesco Vila Valqueire.
 
CAMAROTE 09 – CHICO PORRÃO
     Francisco José Ribeiro, popularmente conhecido por Chico Porrão. Sócio número 01 da Estação Primeira de Mangueira. Ensaiador e criador da roda das baianas. Chico Porrão foi considerado patrono, no início da Escola, pois tudo que tinha e podia doava para a Mangueira.
 
AMAROTE 10 – JOÃO COCADA
      João Roberto dos Santos, popularmente conhecido por João Cocada, foi na casa do Sr. Euclides, pai do João Cocada que a Estação Primeira de Mangueira foi fundada. João Cocada foi componente da Ala dos Periquitos (primeira Ala da Mangueira). Um dos fundadores da Escola de Samba Unidos de Vila Kennedy.
 
CAMAROTE 11 – TIA NAIR PEQUENA
     Nair dos Santos, popularmente conhecida por Tia Nair Pequena foi uma ilustre componente da Ala das Baianas. Fundadora da Ala das Cozinheiras (primeira Ala Feminina da Mangueira). Por sua atuação junto com outras "Tias" nos ensaios das pastoras, na quadra do E. C. Cerâmica, deu origem as Diretoras da Escola. No ano de 1969, no terceiro dia de Carnaval, estava sendo realizado o desfile das campeãs. A Mangueira havia iniciado o seu desfile quando repentinamente a Bateria parou e foi anunciado o falecimento de Tia Nair em plena avenida. A Mangueira terminou o seu desfile apenas com a marcação de um surdo.
 
CAMAROTE 12 – TIA RAYMUNDA
     Raymunda de Castro, popularmente conhecida por Tia Raymunda foi a primeira Porta-Bandeira da Escola (1928). Na época em que as baianas eram em "Fila", cada uma fazia sua fantasia e existia a disputa quem estaria mais bonita, Tia Raymunda era uma das que mais se destacava. Uma das fundadoras do Departamento Feminino da Escola.
 
CAMAROTE 13 – JORGE ZAGAIA
     Jorge Isidro da Silva, popularmente conhecida por Jorge Zagaia – Ilustre componente da Ala dos Compositores. Zagaia foi um dos autores dos sambas-enredo de: 1957 (Emancipação Nacional – Rumo ao Progresso), 1958 (Canção do Exílio) e 1962 (Casa Grande e Senzala).
 
CAMAROTE 14 – ALFREDO PORTUGUÊS
     Alfredo Lourenço popularmente conhecido por Alfredo Português, por ter nascido em Lisboa. Pertenceu a Ala dos Compositores. Foi parceiro de Cartola, Aloizio Dias, Malvadeza, Babaú, Geraldo Pereira, Nelson Cavaquinho, Jamelão e Nelson Sargento. Alfredo Português foi um dos autores dos sambas-enredo de: 1949 (Apologia ao Mestre), 1950 (Plano Salte – Saúde, Lavoura, Transporte e Educação) e 1955 (As Quatro Estações do Ano).
 
CAMAROTE 15 – MESTRE CAZUZA
     Adesman Lemos Souza, popularmente conhecida por Mestre Cazuza foi um ilustre componente da Ala dos Periquitos (primeira Ala da Mangueira). Colaborou sempre, financeiramente, com a Escola. No Carnaval sua barraca era o ponto de encontro dos mangueirenses. Foi o criador do "Terreirão do Samba".
 
CAMAROTE 16 – ANTÔNIO ABÓBORA D’ÁGUA
     Antônio Ferreira de Souza, popularmente conhecido por Antônio Abóbora D’água foi um ilustre componente da Escola desde sua fundação. Um dos fundadores da Ala dos Periquitos (primeira Ala da Mangueira). Foi Diretor de Patrimônio e Membro da Velha Guarda. Abóbora D’Água foi importante colaborador para a organização da Bateria.
 
CAMAROTE 17 – ENÉIAS BRITES
     Enéias Brites da Silva, popularmente conhecido por Enéias Brites foi um ilustre componente da Ala dos Compositores. Enéias Brites, autor de vários sambas de terreiro, cuja sua maior obra, em parceria foi com Aluisio Augusto da Silva, "Exaltação à Mangueira", que ficou sendo o Hino Oficial da Escola.
 
CAMAROTE 19 – ALUÍZIO VIOLÃO
     Aluízio Dias, popularmente conhecido por Aluízio Violão foi um ilustre Diretor da Escola, professor de violão, componente da Ala dos Compositores e do Regional da Mangueira. Foi parceiro de Cartola e Carlos Cachaça. Aluízio Violão foi Presidente da Velha Guarda, onde criou o Grupo Show.
 
 
* Os textos que apresentam e descrevem os homenageados, foram extraídos das placas existem nos camarotes.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A HISTÓRIA DO GRES ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA (Texto 02)*

Primeira Ala de Compositores da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Em pé: Quendinho, Adolfo Polonês, Nego, José Ramos, Geraldo da Pedra, Maçu, Cartola, Zagaia e Alfaiate. Sentados: Aloisio Dias, Edson, Odaléa, Zeca e Baiano. (01)

     O complexo da Mangueira está situado no Município do Rio de Janeiro, registrada na VII Região Administrativa, São Cristóvão, estando localizado na zona central da cidade. Este complexo é formado por quatro elevações de terra (morros) e constituído pelas favelas dos morros da Mangueira, dos Telégrafos e Parque Candelária.
     Tendo seus limites: ao norte, o bairro de Benfica; a nordeste e leste, o bairro de São Cristóvão; ao sul o bairro do Maracanã; e a sudeste e oeste o bairro de São Francisco Xavier. Localizado na encosta dos Telégrafos, o Complexo da Mangueira é composto por 26,7 hectares, e que em 1991 já possuía um total de 17 favelas com uma população de estimada em 39.100 habitantes aproximadamente.
     Após a proclamação da República, com a saída da família imperial do Brasil, a Quinta da Boa Vista, jardim do imperador, tornou-se um matagal abandonado, sendo aos poucos invadida pela população errante, que lá ia construindo suas casas. Por abrigar, na mesma área, o quartel do 9º Regimento de Cavalaria, ali moravam também diversas famílias de soldados.
     Em 1908, o prefeito do Rio, Serzedelo Correia, resolveu demolir os barracos e expulsar os invasores. Os soldados expulsos, juntamente com os demais moradores, solicitaram ao comandante do Regimento autorização para levar o material das demolições e, com ele, levantar novas moradas num outro local. Atendido o pedido, o local escolhido pelos retirantes foi o lado quase vazio do morro da Mangueira, espólio do português Francisco de Paula Negreiros Saião Lobato, o Visconde de Niterói, que recebera as terras de presente do imperador. O primeiro morador do morro foi o cabo ferrador Cândido Tomás da Silva, o Mestre Candinho.
     Em 1916, chegaram outras famílias de ex-escravos, transferidas do morro de Santo Antônio, que havia sofrido um incêndio. Quando chegaram, já encontraram barracos para alugar, construídos por outro português, Tomás Martins, arrendatário das terras do visconde. Quem ia mensalmente aos barracos cobrar aluguéis era o afilhado de Tomás, um rapazinho de 14 anos, que nascera ali mesmo, no dia 03/08/ 1902. Esse adolescente, que já exercia tal tarefa desde os 08 anos de idade, era Carlos Moreira de Castro, que ficaria conhecido como Carlos Cachaça.
     "Entre os anos de 1910 e 1913, quando o samba não tinha nenhum valor e nem se pensava em Escolas de Samba, a Mangueira já despontava como pioneira dos Carnavais Cariocas. Naquela época, já existiam aqui dois fortes e aguerridos Cordões: Guerreiros da Montanha e Trunfos da Mangueira. O primeiro tinha sua sede na casa da Tia Chiquinha Portuguesa e o segundo na casa do Leopoldo da Santinha, ambas no Buraco Quente. Os Cordões eram mais antigos e maiores que os Ranchos, tanto em pessoas como em instrumental. Tinham uma comissão de frente de índios. Os componentes carregavam bichos vivos: cobras, lagartos, bichos de pena. A coreografia era indígena. O estandarte era um pau bem grosso, de uns dois metros de alto, que só podia ser carregado por homens bem fortes. Eu saía fantasiado de Caboclo Caramuru, de saiote branco de morim, com uma cruz encarnada no peito, outra nas costas e um capacete de três penas. Levava nas mãos um arco, um escudo e um machadinho. Pouco antes da primeira guerra, de 1914, apareceram os Ranchos. Aqui tivemos três: o Pingo do Amor, o Príncipe das Matas, do seu Zé das Pastorinhas, e o Pérolas do Egito, da Tia Fé." (02)
     Para uma comunidade pobre como aquela, era praticamente impossível manter um Rancho durante muito tempo, dado o luxo das fantasias e o alto custo dos instrumentos de sopro e de corda. Por isso, começaram a aparecer os Blocos, as células de onde surgiriam as Escolas. A Mangueira tinha o Bloco da Tia Fé, o Bloco da Tia Tomásia, o Bloco do Mestre Candinho.
     Em 1925, Carlos Cachaça, Cartola, Saturnino, Arturzinho, Zé Espinguela, Maçu, Antônio, Chico Porrão, Homem Bom e Fiúca fundaram o Bloco dos Arengueiros, que, como o próprio nome sugere, reunia a rapaziada que era boa de samba e de briga. Esse Bloco, três anos depois, transformou-se na Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, reunindo, em torno de si, todos os demais blocos da comunidade. Assim, em 28/04/1928, na Travessa Saião Lobato, nº 21, Euclides Roberto dos Santos (morador desse endereço), Pedro Caim, Abelardo Bolinha, Saturnino Gonçalves (Satur, o pai de Neuma), José Gomes da Costa (Zé Espinguela), Marcelino José Claudino (Maçu) e Angenor de Oliveira (Cartola), fundam a Mangueira. As cores verde e rosa (inspiradas no rancho de sua infância, o Arrepiados, do bairro de Laranjeiras) e o nome da Escola foram escolhidos por Cartola:
     "Eu resolvi chamar de Estação Primeira, porque era a primeira estação de trem, a partir da Central, onde havia samba". (03)
     Cartola foi também o primeiro mestre de harmonia, o ensaiador do coro de pastoras e dividia com Carlos Cachaça o título de melhor compositor da comunidade. Saturnino, pai da Dona Neuma, foi o primeiro presidente. Maçu, o primeiro Mestre-Sala. Zé Espinguela, o primeiro realizador de um concurso entre Escolas de Samba, no dia 20/02/1929, dia de São Sebastião, padroeiro da cidade,
     A Escola uniu e une moradores das diversas localidades do Morro da Mangueira: Chalé, Tengo-Tengo, Santo Antônio, Faria, Pedra, Joaquina, Pindura Saia, Red Indian, Telégrafo, Candelária, Buraco Quente e outros. De lá, veio uma grande linhagem de poetas do samba no Rio de Janeiro: além de Cartola e Carlos Cachaça, Nelson Cavaquinho, Geraldo Pereira, Padeirinho, Pelado, Preto Rico, Jorge Zagaia, Jurandir, Xangô da Mangueira, Nelson Sargento, que ajudaram a construir, com a sua música, a imagem de uma nação verde-e-rosa, encravada no subúrbio, mas aberta para toda a cidade e o país.
     No Carnaval, a Mangueira venceu 17 veze o desfile. Entre os sambas-enredos que viraram clássicos do gênero estão "Vale do São Francisco" (1948), "As Quatro Estações do Ano" (1955), "O Grande Presidente" (1956), "Casa Grande e Senzala" (1966), "O Mundo Encantado de Monteiro Lobato" (1967) e "Cem Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão" (1988).


* Texto extraído do Dossiê das Matrizes do Samba no Rio de Janeiro: Partido-Alto, Samba de Terreiro e Samba Enredo.

(01) - Foto extraída da coleção História do Samba, capítulo 05, capa;
(02) - Depoimento de Carlos Cachaça ao Museu da Imagem e do Som;
(03) - SILVA, Marília T. Barboza da Silva, Carlos Cachaça e Arthur Loureiro de Oliveira Filho. Fala Mangueira. RJ: José Olympio, 1980. p.34.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

CURIOSIDADES*

Selo lançado em comemoração ao 80 anos de fundação da Agremiação.
 
- Foi a primeira a utilizar o pandeiro oitavado lançado por Artuzinho;
- Uma das marcas registrada da Agremiação foi introduzida por Lúcio Pato. A marcação que tocava o surdo de primeira, sem obter resposta de outro surdo (comum em outras Escolas de Samba);
- Foi a primeira Escola de Samba a incluir mulheres em sua Ala dos Compositores;
- Foi a primeira a substituir a gambiarra pela iluminação elétrica em suas apresentações carnavalescas;
- Foi a primeira entidade a levar a sério o termo Escola de Samba; por esta razão que encontramos em jornais antigos a denominação Bloco-Escola.


* As informações que compõem esta postagem, têm como base as obras que constam na postagem referência bibliográfica.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


LIVROS
- ALVES, Andréa Ribeiro. Tempos de outrora: Vida e obra de Babaú da Mangueira, Secretaria de Estado de Cultura, 1994;
- ARAÚJO, Hiram. Carnaval: seis milênios de história, Gryphus, 2000;
- ______, Memória do carnaval, Oficina do Livro/Riotur, 1991;
- BASTOS, João. Acadêmicos, unidos e tantas mais: entendendo os desfiles e como tudo começou, Editora Folha Seca, 2010;
- BRASIL, Pérsio Gomyde. Da Candelária à Apoteose: quatro décadas de paixão, Editora Multifoco, 2010;
- CABAL, Sérgio. Mangueira, a Nação Verde-e-Rosa, BM&F, 1998;
- COLEÇÃO HISTÓRIA DO SAMBA. Editora Globo, 1997;
- FLÓRIDO, Eduardo et al. Mangueira: Estação Primeira do samba. Monte Castelo Idéias, 2005;
- JÓRIO, Amaury e ARAÚJO, Hiram. Escolas de Samba em desfile - Vida, Paixão e Sorte, Poligráfica, 1969;
- VIEIRA, Luis Fernando. Sambas da Mangueira, Editora Revan 1998.
JORNAIS
- A Hora;
- A Voz do Morro;
- Jornal do Brasil;
- O Dia;
- O Globo;
- O Mundo Sportivo;
- O Paiz;
- Diário Carioca.
SITES
- http://pt.wikipedi.org
- http://www.apoteose.com
- http://www.dicionariompb.com.br
- http://www.estacao.org.com.br
- http://www.mangueiracompositor.com
- https://www.facebook.com/BaquetaRJ/

terça-feira, 20 de agosto de 2013

CRONOLOGIA (Anos 2010)*

Desfile de 2010

2010
FEVEREIRO
- No desfile realizado no dia 15, a Agremiação entrou na briga pelo título apresentando o enredo "Mangueira é Música do Brasil";
- Empolgada, animadíssima e muito verde e rosa, a Agremiação arrebatou a plateia cantando os principais estilos musicais dos últimos cinquenta anos no Brasil;
- Apesar de problemas no acabamento de alguns carros alegóricos e da correria de al­gumas Alas no final, o desfile foi muito vibrante;
- Bela homenagem prestada ao grande Jamelão, o maior "tenor" do samba de todos os tempos, através de uma escultura gigante;
- Três momentos inesquecíveis neste desfile: o primeiro foi a Bateria do Mestre Jaraguá Filho, que deu um verdadeiro show rítmico, cenográfico e coreográfico, sendo por várias vezes encarcerada por grades e cercada por sambistas fantasiados de policiais que simulavam agredir os ritmistas para representar a censura à mu­sica durante a ditadura uma, criação de Carlinhos de Jesus; o segundo foi o Mestre-Sala Raphael personalizando o Mestre Cartola, e por último Rogéria engaiolada e "desesperada" no carro Censolange que criticava as dificuldades que a música enfrentou durante o período da ditadura militar no Brasil. Simplesmente fantásticos.
 
NOVEMBRO
- No dia 12, Gilda e Inês Sargento receberam o título de Baluarte da Agremiação.
 
DEZEMBRO
- No dia 02, aos 87 anos de idade, faleceu Amélia Alves de Carvalho, a Baluarte Tia Amélia;
- No dia 24, aos 78 anos de idade, faleceu Waltair Carlos Nascimento, o Baluarte Balico.
 
AINDA NESTE ANO
- Os carnavalescos Mauro Quintaes e Wagner Gonçalves foram contratados para desenvolver o Carnaval de 2011;
- Mudanças no comando da "Surdo Um", Mestre Jaguará Filho passa a direção da Bateria para o Mestre de Aílton Nunes.
 
2011
MARÇO
- Prestando uma homenagem ao centenário de Nelson Cavaquinho, a Agremiação participou do desfile realizado no dia 06 com o enredo "O Filho Fiel, Sempre Mangueira";
- Através de um enredo comemorativo e absolutamente relevante para a cultura musical brasileira, a Verde-e-Rosa trouxe toda a sua a magia, representada pela garra dos seus componentes;
- O vigor de sua extraordinária Bateria "Surdo Um", compensou e atropelou, ao alvorecer, alguns problemas em alegoria e evolução. Ela apresentou uma novidade que deve ser creditada ao seu presidente, Ivo Meirelles: a "pa­radona". Uma manobra arriscada, feita com precisão, em que, por cinco oportunidades, os ritmistas simplesmente paravam de tocar durante longos 20 segundos, permitindo que se ouvisse o canto forte da Agremiação. A "paradona" levou as arquibancadas, frisas e camarotes ao delírio total;
- Coautora do enredo, Beth Carvalho voltou à Mangueira em grande estilo. Escoltada por Sérgio Cabral, pai, e pelo "próprio" Nelson Cavaquinho, estava linda no carro que representava o lendário restaurante Zicartola;
- A Comissão de Frente apresentou-se com muita vitalidade e energia, seus componentes interagiam com o tripé que repre­sentava o morro de Mangueira, para ilustrar a forte ligação do homenageado com aquela comuni­dade em diversas fases da sua vida;
- Com este desfile a Agremiação obteve o terceiro lugar, sua melhor posição dos últimos anos.
 
JUNHO
- No dia 24, aos 76 anos de idade, faleceu Roberto Fernando Paulino Ludolf Soares de Souza, o Robertinho, Baluarte e Presidente de Honra.
 
JULHO
- No dia 25, foi eleito Presidente de Honra Hégio Laurindo da Silva, o lendário Mestre-Sala Delegado.
 
DEZEMBRO
- No dia 08, aos 86 anos de idade, faleceu Zélia Lima Coutinho, a Baluarte Tia Zélia;
- No dia 29, Caçula, Dilmo, Genuíno e José Carlos Neto receberam o título de Baluarte da Agremiação.
 
AINDA NESTE ANO
- O carnavalesco Cid Carvalho foi contratado para desenvolver o Carnaval de 2012, cago que vai ocupar até 2013;
- A Agremiação continua com os "três tenores", formado Luizito (devido a briga com um suposto torcedor do Fluminense durante a comemoração do título brasileiro na quadra, Luizito acabou suspenso e logo depois iria se desligar, mas após conversa com o presidente Ivo Meirelles, voltou atrás e retornou ao trio), Zé Paulo e Ciganerey, que entra no lugar de Rixxah.
 
2012
FEVRERIRO
- Comemorando os 50 anos de fundação do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, e, de quebra, contar a história da formação e a evolução dos blocos, a Agremiação apresentou no desfile do dia 20 o enredo "Vou Festejar! Sou  Cacique, Sou Mangueira";
- A Agremiação entrou na avenida como um verdadeiro furacão e com a garra e a vibração costumeira;
- Se faltou um pouco mais de apuro estético aos seus carros alegóricos e se as fantasias não eram lá muito leves, o público nem ligou;
- A criatividade da Agremiação sacudiu o povão que a aplaudiu durante toda a apresentação. Sucesso total... Missão cumprida!;
- Quando surgiram os Orixás, na Comissão de Frente, percebeu-se um frisson em toda a Sapucaí. Um belíssimo momento de emoção e devoção. A cantora Beth Carvalho veio abrilhantando o elemento alegórico da Comissão de Frente como a madrinha dos orixás;
- A Estação Primeira, só para variar, fez o sambódromo tremer quando surgiu na passarela. O que ninguém poderia imaginar, até então, é que iria presenciar uma das maiores (e mais arriscadas) inovações dos últimos tempos em termos de Bateria e desfile em geral, apesar do grande risco que envolveu. Uma audaciosa "paradona" de quase três minutos da "Surdo Um" quando o samba era cantado, alternadamente, ora por um dos intérpretes no carro do som, ora por uma "roda de pagode" com Alcione, Dudu Nobre e Xande de Pilares;
- A ousadia custou caro para a Verde-e-Rosa em alguns quesitos de julgamento. O povão, porém, adorou – cantou, sambou e explodiu em aplausos;
- Acreditou-se que todas as "paradonas" foram planejadas. Mas isso não aconteceu. A primeira "paradona" foi a única não planejada. Ela aconteceu devido a um defeito na aparelhagem que fez com que a Bateria por alguns segundos, não pudesse ser ouvida. Mas depois, o desfile seguiu normalmente;
- Outra novidade mangueirense, foi a exibição do primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Raphael e Marcella, que surgia por entre os ritmistas que abriam alas para prestigiar e valorizar ainda mais a sua evolução.
 
MAIO
- No dia 01, faleceu aos 95 anos de idade, Ed Miranda Rosa, o Baluarte Seu Ed;
- No dia 04, faleceu aos 58 anos de idade, Jorge Costa de Oliveira, o Mestre Taranta.
 
NOVEMBRO
- No dia 12, faleceu aos 90 anos de idade, Hégio Laurindo da Silva, o lendário Mestre-Sala Delegado, Baluarte e Presidente.
DEZEMBRO
- No dia 31, faleceu aos 72 anos de idade, o Baluarte José Carlos Neto.
 
AINDA NESTE ANO
- Após uma eleição conturbada e sem definição, o candidato a reeleição e ainda presidente Ivo Meirelles definiu que o enredo para o Carnaval de 2013 seria uma homenagem a cidade de Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso;
- Depois da grande "Parada da Bateria" em 2012, a Agremiação prometeu uma nova inovação, levará duas Baterias para a avenida em 2013, e segundo o presidente Ivo Meirelles, as duas já se apresentariam juntas no ensaio técnico, além disso, levará também dois carros de som, o primeiro sendo comandado por Luizito, Zé Paulo e Ciganerey e o segundo por Agnaldo Amaral.
 
2013
JANEIRO
- No dia 11, foi eleito com Presidente de Honra Nelson de Mattos, o Nelson Sargento. E receberam o título de Baluarte da Agremiação Rody, Tantinho e Seu Nêgo.
 
FEVEREIRO
- Com o enredo "Cuiabá, um Paraíso No Centro da América!", a Agremiação no desfile do dia apresentou um bom desfile, carros e fantasias muito bem acabados, como há muito tempo não se via;
- Um erro na última alegoria, que trazia uma borboleta gigante que a princípio, daria uma volta na torre onde ficam os jornalistas, localizada quase no final da avenida, mas um problema na manipulação das barras que sustentavam a borboleta, fez com que ela se chocasse com a torre, o problema só foi resolvido depois, com a ajuda dos próprios jornalistas, que empurraram as barras para que o carro pudesse continuar o trajeto, com esse problema, a Agremiação perdeu seis décimos (um por minuto), uma das principais causas de não ter ficado entre as campeãs;
- A Agremiação veio também com uma Comissão de Frente emocionante, que trazia índias, bandeirantes e o Mestre Delegado (uma homenagem ao lendário Mestre-Sala, falecido em novembro do ano anterior), bailando entre as encenações sobre a história de Cuiabá.
 
ABRIL
- No dia 28, data de comemoração do seu aniversário de 85 anos, finalmente a Agremiação passou pelo processo eleitoral que vinha sendo adiado desde 2012 para eleger seu novo presidente, já sem Ivo Meirelles como candidato à reeleição;
- Nessa eleição foi eleito o Francisco de Carvalho, para ocupar a presidência da Agremiação até 2016;
- Após o resultado, o presidente eleito anunciou de imediato, a contratação da carnavalesca Rosa Magalhães e de Carlinhos de Jesus como coreógrafo da Comissão de Frente. O presidente confirmou ainda a permanência do Mestre-Sala Raphael Rodrigues. A rainha de Bateria também já foi definida: Evelyn Bastos, que foi Rainha do Carnaval 2013.
 
MAIO
- No dia 02, foi anunciada a contratação da Porta-Bandeira Squel (neta do lendário Xangô da Mangueira), que formara juntamente com Raphael Rodrigues o primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira em 2014;
- No dia 10, foi anunciada a contratação de Preto Jóia, que em 2014 fará trio com Luizito e Eraldo Caê (que retorna a Agremiação);
- No dia 24, foi definiu que o enredo para o Carnaval de 2014 seria uma homenagem as festas brasileira, através do enredo "A Festança Brasileira Cai no Samba da Mangueira".
 
AGOSTO
- No dia 10, depois de seis meses de interdição e dois meses de obras estruturais e de modernização, a quadra reabriu. O Palácio do Samba não passa por uma grande reformada desde a década de 1970;
- No dia 17, começou a disputa de samba-enredo para o Carnaval 2014;
- No dia 19, aos 84 anos de idade, faleceu Alcyone Vieira Pinto Barreto, o Baluarte Dr. Alcyone.

 
* As informações que compõem esta postagem, têm como base as obras que constam na postagem referência bibliográfica.