segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CARNAVAL DE 1956

Chico Porrão.
 
FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Grupo I.
LOCAL: Av. Presidente Vargas, no Tablado (trecho entre a Rua Uruguaiana e Av. Rio Branco).
DATA: 12/02/1956.
ORDEM DE DESFILE: 6ª Escola a desfilar.
HORÁRIO DE INÍCIO DO DESFILE: 22:15.
CLASSIFICAÇÃO: 3º lugar.
PONTUAÇÃO: 93 pontos.
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: O grande presidente.
CARNAVALESCOS: Funcionários da Casa da Moeda.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
AUTORES DO SAMBA-ENREDO: Padeirinho.
LETRA DO SAMBA
NO ANO DE 1883
NO DIA 19 DE ABRIL
NASCIA GETÚLIO DORNELES VARGAS
QUE MAIS TARDE SERIA O GOVERNO DO NOSSO BRASIL
ELE FOI ELEITO A DEPUTADO
PARA DEFENDER AS CAUSAS DO NOSSO PAÍS
E NA REVOLUÇÃO DE 30 ELE AQUI CHEGAVA
COMO SUBSTITUTO DE WASHINGTON LUIZ
E DO ANO DE 1930 PRA CÁ
FOI ELE O PRESIDENTE MAIS POPULAR
SEMPRE EM CONTATO COM O POVO
CONSTRUINDO UM BRASIL NOVO
TRABALHANDO SEM CESSAR
COMO PROVA EM VOLTA REDONDA A CIDADE DO AÇO
EXISTE A GRANDE SIDERÚRGICA NACIONAL
QUE TEM O SEU NOME ELEVADO NO GRANDE ESPAÇO
NA SUA EVOLUÇÃO INDUSTRIAL
CANDEIAS A CIDADE PETROLEIRA
TRABALHA PARA O PROGRESSO FABRIL
ORGULHO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA
NA HISTÓRIA DO PETRÓLEO DO BRASIL
Ô Ô
SALVE O ESTADISTA IDEALISTA E REALIZADOR
GETÚLIO VARGAS
O GRANDE PRESIDENTE DE VALOR
Ô Ô
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Waldemiro Tomé Pimenta, o Mestre Waldomiro.
FICHA TÉCNICA DE HARMONIA
PUXADOR DO SAMBA-ENREDO: José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão.
FICHA TÉCNICA DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
1º MESTRE-SALA: Hégio Laurindo da Silva, o Delegado.
1ª PORTA-BANDEIRA: Neide.
2ª PORTA-BANDEIRA: Rivailda Nascimento de Souza, a Mocinha.
 
 

(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação.

domingo, 29 de setembro de 2013

SÉRIE 80 ANOS EM VERDE-E-ROSA - CAPÍTULO 02 (1948/1967): MADEIRA DE DAR EM DOIDO*

 
Nelson Sargento: coleção de sambas antológicos (01)
 
APÓS SÉRIE DE VICES, MANGUEIRA GANHA O RESPEITO DAS RIVAIS
     Mangueira é madeira de dar em doido. A expressão deu inspiração ao samba "Jequitibá", de Zé Ramos, em homenagem à Escola que aguenta o tranco e sempre dá a volta por cima. Depois de uma série de cinco vice-campeonatos e um quarto lugar, a Verde-e-Rosa levantou os títulos do Carnaval de 1949 e 1950. Foi o momento da virada. Depois dos 20 primeiros heroicos anos, a Agremiação ganha corpo e ainda mais respeito das adversárias.
     Em 1948, a Mangueira inovou ao apresentar pela primeira vez o samba-enredo. A letra tratava do mesmo tema escolhido para o desfile: "Vale do São Francisco", de Carlos Cachaça e Cartola.
     Um racha em 1947 resultara em duas associações de Escolas, a União e a Federação. No Carnaval de 1949, a prefeitura decidiu só aceitar inscrições da Federação. Venceu o Império Serrano. A Mangueira, da entidade rival, ficou com o título do outro desfile. Em 1950, a Escola passou à entidade reconhecida pelo governo e foi campeã. A união de todas as Escolas aconteceu em 1952. Em 1954, a Verde-e-Rosa ganhou de novo.
     Nos anos 1950, a Escola trouxe outra inovação. José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão, que começara na Bateria da Agremiação e se tornara intérprete, usou aparelho de som para cantar. Até então era só no gogó. A harmonia se acertava com megafone. "Natal da Portela entrou Escola adentro, esbaforido: 'Que negócio é esse de Jamelão cantar mais alto do que os outros?'", relata Hiram Araújo, do Centro de Memória do Carnaval, para quem o caso ocorreu no início dos anos 1960.
     Em 1960, a Mangueira venceu com mais quatro Escolas. Embora tenha ficado em primeiro, perdeu 15 pontos por atraso (o que até então não resultava em penalidade). O título chegou a ser dado ao Salgueiro. Mas os mangueirenses reclamaram e dividiram o caneco.
EMOÇÃO COM MONTEIRO LOBATO
     Após o título de 1961, a Mangueira protestaria muito contra a derrota em 1962. Depois de brilhante apresentação com o enredo ‘Casa grande e senzala’, com samba de Zagaia, Leléo e Comprido, a Escola, que se apresentara com o recorde de três mil componentes, deixou a Avenida sob gritos de "é campeã". Mas ficou apenas com o 4º lugar. Muitos passaram a apontá-la como cafona e de não ter a mesma beleza das rivais, que já contavam com cenógrafos e figurinistas. Houve suspeitas de que uma jurada dera notas baixas à Escola por não gostar da combinação verde e rosa.
     Cinco anos depois, a Verde-e-Rosa voltou a pôr a mão na taça. Com "O mundo encantado de Monteiro Lobato", um samba de Darci, Luiz, Batista, Hélio Turco e Jurandir, o desfile na Av. Presidente Vargas comoveu o público. Mostrou a obra do escritor sem lançar mão do óbvio, como exibir nomes de livros e personagens.
UMA PASSISTA INIGUALÁVEL
     Nininha Xoxoba era sensação na Verde-e-Rosa. Nas apresentações, conseguia a proeza de mexer alternadamente lados das nádegas. "Ela parava um lado e mexia o outro. Igual não havia", conta Arlete Silva, a Tia Suluca, 80 anos, ao falar da amiga Sebastiana de Almeida.
     E despontavam outras atrações, como Clementina de Jesus, que foi para o morro nos anos 1940, e os compositores Nelson Cavaquinho e Nelson Sargento. A Bateria já era marcante. Lúcio Pato, China e Zé Crioulinho ajudaram a formar o coração da Escola. "Já não havia batida de resposta. Os meninos aprenderam ao escutar as paradas nos quartéis daqui", explica Guerra Peixe, do Centro de Memória.
 


* Texto de Élcio Braga e Raphael Azevedo publicado no jornal O Dia, em 21/04/2008, p.03.
(01) - Foto publicada no jornal O Dia, em 21/04/2008, p.03.

sábado, 28 de setembro de 2013

CARNAVAL DE 1955

  Jamelão, Comprido, Rubens e outros.
 
FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: 1ª Zona.
LOCAL: Av. Presidente Vargas.
DATA: 20/02/1955 (domingo).
ORDEM DE DESFILE: 9ª Escola a desfilar.
HORÁRIO DE INÍCIO DO DESFILE: 23hs.
CLASSIFICAÇÃO: 2º lugar.
PONTUAÇÃO: 172 pontos.
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: As quatro estações do ano.
CARNAVALESCOS: Funcionários da Casa da Moeda.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
AUTORES DO SAMBA-ENREDO: Nelson Sargento, Alfredo Português e Jamelão.
LETRA DO SAMBA
BRILHA NO CÉU O ASTRO-REI
COM FULGURAÇÃO
ABRASANDO A TERRA
ANUNCIANDO O VERÃO
OUTONO
ESTAÇÃO SINGELA E PURA
É A PUJANÇA DA NATURA
DANDO FRUTOS EM PROFUSÃO
INVERNO
CHUVA, GEADA E GAROA
MOLHANDO A TERRA
PRECIOSA E TÃO BOA
DESPONTA
A PRIMAVERA TRIUNFAL
SÃO AS ESTAÇÕES DO ANO
NUM DESFILE MAGISTRAL
A PRIMAVERA
MATIZADA E VIÇOSA
PONTILHADA DE AMORES
ENGALANADA, MAJESTOSA
DESABROCHAM AS FLORES
NOS CAMPOS,
NOS JARDINS E NOS QUINTAIS
A PRIMAVERA
É A ESTAÇÃO DOS VEGETAIS
OH! PRIMAVERA ADORADA
INSPIRADORA DE AMORES
OH! PRIMAVERA IDOLATRADA
SUBLIME ESTAÇÃO DAS FLORES
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Waldemiro Tomé Pimenta, o Mestre Waldomiro.
FICHA TÉCNICA DE HARMONIA
PUXADOR DO SAMBA-ENREDO: José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão.
FICHA TÉCNICA DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
1º MESTRE-SALA: Hégio Laurindo da Silva, o Delegado.
1ª PORTA-BANDEIRA: Neide.
2ª PORTA-BANDEIRA: Rivailda Nascimento de Souza, a Mocinha.



(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

CARNAVAL DE 1954

 Delegado e Neide.
 
FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Super Campeonato.
LOCAL: Av. Presidente Vargas no Tablado.
DATA: 28/02/1954 (domingo).
ORDEM DE DESFILE: 9ª Escola a desfilar.
HORÁRIO DE INÍCIO DO DESFILE: 22hs.
CLASSIFICAÇÃO: 1º lugar.
PONTUAÇÃO: 180 pontos.
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: Rio de Janeiro, de ontem e de hoje.
CARNAVALESCOS: Funcionários da Casa da Moeda.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
AUTORES DO SAMBA-ENREDO: Cícero dos Santos e Pelado.
LETRA DO SAMBA
RIO DE JANEIRO
CIDADE TRADICIONAL
DOS TEMPOS DAS SINHÁS MOÇA,
MUCAMAS E NOBRES DAMAS
E DA CORTE IMPERIAL
TEU PANORAMA SUNTUOSO,
PRIMOROSO, SUBLIME, VIBRÁTIL
É S A CIDADE MODELO
O CORAÇÃO DO BRASIL
O RIO DA NOVA ERA
PRIMA POR SUA DESENVOLTURA
É TÃO SOBERBO
O SEU PROGRESSO
É UM PRIMOR
A SUA ARQUITETURA
APOLOGIA A ESTÁCIO DE SÁ
QUE DA CIDADE FOI O FUNDADOR
PREFEITO PEREIRA PASSOS
PIONEIRO E REMODELADOR
PAULO DE FRONTIN HÁBIL ENGENHEIRO
SÍMBOLO DE ABNEGAÇÃO
PEDRO ERNESTO, E OUTROS GOVERNANTES
DERAM AO RIO GRANDE EVOLUÇÃO
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Waldemiro Tomé Pimenta, o Mestre Waldomiro.
FICHA TÉCNICA DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
1º MESTRE-SALA: Hégio Laurindo da Silva, o Delegado.
1ª PORTA-BANDEIRA: Neide.
2ª PORTA-BANDEIRA: Rivailda Nascimento de Souza, a Mocinha.
 
 

(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CARNAVAL DE 1953

  Ensaio da Estação Primeira (1953). Foto de José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles.

FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Grupo I.
LOCAL: Av. Presidente Vargas.
DATA: 15/02/1953 (domingo).
CLASSIFICAÇÃO: 3º lugar.
PONTUAÇÃO: 288 pontos.
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: Caxias.
CARNAVALESCOS: Funcionários da Casa da Moeda.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
AUTORES DO SAMBA-ENREDO: Cícero dos Santos e Pelado.
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Waldemiro Tomé Pimenta, o Mestre Waldomiro.
FICHA TÉCNICA DE HARMONIA
PUXADOR DO SAMBA-ENREDO: José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão.
FICHA TÉCNICA DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
1º MESTRE-SALA: Hégio Laurindo da Silva, o Delegado.

 

(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CARNAVAL DE 1952

Xangô e as pastorinhas

FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Grupo I.
LOCAL: Av. Presidente Vargas, Tablado (trecho entre Av. Passos e Av. Rio Branco).
DATA: 24/02/1952 (domingo).
ORDEM DE DESFILE: 15ª Escola a desfilar.
HORÁRIO DE CONCENTRAÇÃO: 00:15.
HORÁRIO DE INÍCIO DO DESFILE: 00:30.
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: Gonçalves Dias.
CARNAVALESCOS: Funcionários da Casa da Moeda.
ORDEM DO DESFILE
    1º CARRO – PEDE PASSAGEM: Surgindo das águas do Atlântico, que lhe roubou a vida, no naufrago do Ville de Boulogne, projeta-se a figura de Gonçalves Dias, esculpida em vistoso busto. No mar ambiente, vê-se peixes e destroços da nau sossombrada. Junto ao busto, flutua dois salva-vidas. No fundo sobre uma lira, simbolizando a poesia, destacasse o painel do Pede Passagem. Nos lados do carro os versos que inspiraram o enredo. Comissão de Frente (Ala dos Boêmios), ricamente fantasiada de "Acadêmicos", em homenagem ao patrono da décima quinta cadeira da Academia Brasileira de Letras, montam guarda ao 1º Carro.
    2º CARRO – NOSSO CÉU TEM MAIS ESTRELAS: Repousada nas nuvens que envolvem o globo, destaca-se uma figura de mulher, simbolizando a noite brasileira, sustentando na mão direita o Cruzeiro do Sul. Comissão Feminina, "Estrelas do Nosso Céu". Ostentando sugestivas fantasias, são as guardas  de honra do 2º Carro.
    1º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA: Ele simbolizando "Gonçalves Dias" e ela a "Síntese da Quadra".
     3º CARRO – NOSSA TERRA TEM MAIS FLORES: Sob um caramanchão de flores vê-se no centro o mapa do Brasil coberto de flores em relevo emoldurado por uma coroa em movimento. Vasos e flores girando completam a decoração, dando testemunho da fertilidade do solo de nossa Pátria. Comissão (Ala dos Lordes) luxuosamente fantasiados de "Poetas", prestando significativa homenagem aos grandes vultos da poesia brasileira, guarnecem o 3º Carro.
    Ala dos Compositores e Bateria, formando o corpo coral, fantasiados com capricho, dão alma ao conjunto, entoando soberbas melodias.
     4º CARRO – NOSSAS FLORES TEM MAIS VIDA: No centro do carro sobressai em escultura a mais viva e bela flor brasileira, a "Vitória Regia" sustentando duas pastoras, representando a "graça" e o "encanto", como corolário dessa maravilhosa concepção. Comissão Feminina "Flores de Nossa Terra", fantasiadas em estilo, montam guarda ao 4º Carro.
     2º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA: Ele simbolizando o "Poeta" e ela a "Poesia".
    5º CARRO – NOSSA VIDA MAIS AMORES: No centro de um coração sobre um bolo nupcial, um casal de criança, fantasiados de noivos, simboliza o "Amor", puro e grandioso, como síntese da formação da família brasileira. Comissão (Ala da Juventude) fantasiados caprichosamente representando o "Livro", comboiam o 5º Carro.
    Ladeando todo o cortejo surgem dezenas de baianas fantasiadas no estilo, dão a nota alta ao conjunto.
Fantasiado em estilo, surge, todo o cortejo do diretor artístico, dirigindo todo o conjunto, como general da vitória.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
AUTORES DO SAMBA-ENREDO: Padeirinho, Cícero e Pelado.
LETRA DO SAMBA
LOUVORES
E HONRA AO MÉRITO
À MEMÓRIA DE UM POETA
DE SUBLIME INSPIRAÇÃO
SEUS POEMAS SÃO TÃO LINDOS
QUE FAZ VIBRAR OS CORAÇÕES
VAMOS ELEVAR
AOS PÍNCAROS DA GLÓRIA
O NOME DE GONÇALVES DIAS
AUTOR DE INÚMEROS POEMAS
QUE GLORIFICAM
AS NOSSAS POESIAS
NOSSO CÉU
TEM MAIS ESTRELAS
DE BELEZA DESLUMBRANTE
NOSSAS FLORES TEM MAIS VIDA
SÃO MAIS BELAS E MAIS VIBRANTES
NOSSAS FLORES SÃO MAIS LINDAS
PELA PRÓPRIA NATUREZA
VIVAZES E MULTICORES
QUE ELEVAM NOSSAS ALMAS
NOSSAS VIDAS
MAIS AMORES
LÁ, LÁ, LAIA, LAIA…
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Waldemiro Tomé Pimenta, o Mestre Waldomiro.
FICHA TÉCNICA DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
1º MESTRE-SALA: Hégio Laurindo da Silva, o Delegado.
1ª PORTA-BANDEIRA: Sebastiana Teixeira de Almeida, a Nininha Xoxoba.

 

(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação, com exceção do texto da Ordem do Desfile, que foi extraído do jornal O Dia, do dia 20/02/1952, Coluna Cuícas e Tamborins , p.06.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

CARNAVAL DE 1951

Zinha e Ala das Caprichosas

FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Grupo I.
LOCAL: Praça Onze.
DATA: 04/02/1951 (domingo).
CLASSIFICAÇÃO: 3º lugar.
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: Unidade nacional.
CARNAVALESCOS: Funcionários da Casa da Moeda.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
AUTORES DO SAMBA-ENREDO: Cícero e Pelado.
LETRA DO SAMBA
GLÓRIA
À UNIDADE NACIONAL
PORTENTOSA E ALTANEIRA
GENUÍNA BRASILEIRA E PRIMORDIAL
VINTE E UM ESTADOS REUNIDOS
TODOS NO MESMO SENTIDO
DANDO A SUA PRODUÇÃO
É O FATOR DA NOSSA ECONOMIA
DAR UMA PROVA CABAL
DA NOSSA DEMOCRACIA
A NOSSA POLÍTICA É ALTIVA
IRMANADA E PROGRESSIVA
PRODUTIVA E SOCIAL
PELA GRANDEZA DA PÁTRIA COORDENAM
TODOS COM O MESMO IDEAL
É UM FATOR DE EQUIDADE
TRABALHANDO COM VONTADE
PARA O PROGRESSO NACIONAL
TUDO ISTO É MEU BRASIL
ISTO É UM ORGULHO
DE UM POVO FORTE
ESBELTO E VAROVIL
LÁ, LÁ…
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Waldemiro Tomé Pimenta, o Mestre Waldomiro.
FICHA TÉCNICA DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
1º MESTRE-SALA: Hégio Laurindo da , o Delegado.
1ª PORTA-BANDEIRA: Sebastiana Teixeira de Almeida, a Nininha Xoxoba.
  


(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

SÉRIE 80 ANOS EM VERDE-E-ROSA CAPÍTULO 01 (1928/1947): MANGUEIRA CHEGOU*

Aos 86 anos, o Mestre-Sala Delegado é pura vitalidade (01)

HÁ OITO DÉCADAS NASCIA A ESCOLA DE SAMBA
QUE TODO O MUNDO CONHECE AO LONGE
     O Morro da Mangueira começou a ganhar cores em 28/04/1928. Mais precisamente o verde e o rosa, a combinação que transformou a vida de gerações e, sem jamais trair a tradição, contribuiu espetacularmente na construção da mega-indústria do Carnaval. Ao lançarem a semente da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, espremidos em um barraco, 80 anos atrás, sete homens simples ensinaram ao mundo que a vida não vale nada sem uma grande paixão.
     É essa fabulosa história de amor à Escola de Samba mais adorada do país que "O Dia" começa a contar, a partir de hoje. Prepare-se para doses de emoção colecionadas ao longo de quatro décadas de existência. Gente que pela Mangueira sorriu, chorou, brigou e até morreu na avenida.
     A Verde-e-Rosa é hoje uma marca insuperável. Conquistou 18 títulos (inclusive o Supercampeonato de 1984) e ofereceu série antológica de sambas-enredo, como "Lendas do Abaeté" (1973) e "Yes, Nós Temos Braguinha" (1984). A quadra é a mais badalada da cidade. Atrai jovens da classe média, artistas e turistas. A Verde-e-Rosa faz campeões também fora da Sapucaí. Na Vila Olímpica e na quadra, programas sociais e educativos atendem cinco mil pessoas.
     Em 1935, componentes fizeram desfile especial na antiga passarela em homenagem ao presidente, Saturnino Gonçalves, que assistiu a tudo do leito de morte. Emocionado, ele desmaiou. "A Escola acabou se atrasando para o desfile oficial e foi desclassificada", conta a filha Ulyssea Gonçalves. Satur morreu pouco depois, mas nasceu assim a força da paixão mangueirense.
PRESENTE PARA TODA A VIDA
     Ao completar cinco anos em 28/04/1928, Ulyssea Gonçalves aguardou em casa a chegada do pai, Saturnino Gonçalves. Depois de tanta demora, ele apareceu com a surpresa. "Não trago um presente, mas a Estação Primeira de Mangueira", anunciou Satur, que acabara de criar com seis amigos nova Agremiação de Carnaval no Morro da Mangueira.
    Tia Cecéa, hoje às vésperas de fazer 85 anos, não entendeu na época do que se tratava exatamente. Hoje, tem plena consciência do valor do presente. Ela é irmã de Dona Neuma, um dos símbolos da Escola, e tia da presidente, Eli Gonçalves, a Chininha.
    A Escola havia sido criada na casa de Euclides Roberto dos Santos, na Travessa Saião Lobato 07, no Buraco Quente. Além de Saturnino e Euclides, estavam presentes Marcelino José Claudino, o Maçu, Abelardo da Bolinha, Pedro Caim, Zé Espinguela e Angenor de Oliveira, o Cartola. Carlos Cachaça ficou de fora. "Uns dizem que foi atrás de uma namorada. Mas ele disse que estava no trabalho", explica a filha Inês de Castro, 70 anos, da Velha Guarda.
     Para os amigos, havia a necessidade de unir o morro com uma Agremiação, mais organizada, livre da fama de desordeira. Cartola sugeriu o nome, inspirado na linha férrea: a Mangueira era a primeira estação com samba. Escolheu verde e rosa, cores de um bloco em Laranjeiras.
BATISMO DE FOGO COM PORTELA E ESTÁCIO
     O batismo de fogo da Mangueira aconteceu em disputa com a Portela e o Estácio. Em 1929, Zé Espinguela convidou as Agremiações para apresentação de samba em frente ao seu barraco. A Verde-e-Rosa mostrou "Chega de Demanda" de Cartola. O único juiz era o próprio anfitrião mangueirense. "A quem Espinguela deu o troféu? À Mangueira? Não, à Portela. Para ele, os compositores da Portela fizeram o melhor improviso, como era costume naquela época em trecho da canção", conta Fernando Antônio Guerra Peixe, diretor do centro de memória da Mangueira.
     "O pau quebrou" continua Guerra Peixe. "O pessoal do Estácio quis bater no Espinguela e os mangueirenses o defenderam. A turma da Portela quis brigar com o Estácio". Na semana seguinte, o anfitrião chamou as Agremiações. "Entregou um troféu a cada Escola e acabou o problema", diz o diretor.
     As Agremiações eram Blocos é só ganharam a denominação atual depois que o lendário compositor Ismael Silva, do Estácio, teve o estalo "o que nós ensinamos? Samba. Então, somo uma Escola de Samba", concluiu ele, que ajudaria a fundar a Deixa Falar, considerada a primeira Escola.
      Em 1935, o Carnaval das Grandes Sociedades e Ranchos estava em decadência. "O presidente Getúlio Vargas liberou verba para organizar a folia e as Escolas passaram a chamar mais a atenção" explica o pesquisador Hiram Araújo, diretor do centro de memória da Liesa.
FANTASIAS IMPROVISADAS E 300 COMPONENTES
    Nos primeiros anos da Escola, os desfiles eram bem diferentes, sem enredo, com temas. Segundo o pesquisador Hiram Araújo, a Agremiação trazia dois ou mais sambas, normalmente ligados a paixões. Baianas seguravam corda para separar pouco mais de 300 desfilantes do público, incluídos 60 ritmistas.
    Eram anos heroicos. As roupas dos desfiles eram pobres e pagas pelos componentes. "A nossa fantasia de baiana era feita de pano vagabundo, que parecia papel crepom", conta Arlete Silva, a Tia Suluca, 80 anos, a mais antiga da Ala das Baianas, Tia Suluca é irmã de Hégio Laurindo da Silva, o Delegado, 86 anos, o Mestre-Sala que fez par com as Porta-Bendeiras Neide e Mocinha. Ganhou o apelido por arrebatar corações. "Diziam que eu prendia as melhores meninas com a lábia. Por isso, me chamaram de Delegado", explica.
 
 

* Texto de Élcio Braga e Raphael Azevedo publicado no jornal O Dia, em 20/04/2008, p.10-11.
(01) - Foto publicada no jornal O Dia, em 20/04/2008, p.10.

domingo, 22 de setembro de 2013

CARNAVAL DE 1950

 China do Surdo.

FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Grupo I.
LOCAL: Praça Onze.
DATA: 19/02/1950 (domingo).
CLASSIFICAÇÃO: 1º lugar.
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: Plano Salte: Saúde, lavoura, transporte e educação.
CARNAVALESCOS: Funcionários da Casa Moeda.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
AUTORES DO SAMBA-ENREDO: Nelson Sargento e Alfredo Português.
LETRA DO SAMBA
O POVO DESTE BRASIL QUERIDO
E ACHA ENRIQUECIDO
COM O PLANO SALTE
LEMBRANDO O DOUTOR OSWALDO CRUZ
QUE DA CIÊNCIA, FOI A LUZ
UM VALOROSO BALUARTE
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Waldemiro Tomé Pimenta, o Mestre Waldomiro.
FICHA TÉCNICA DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
1º MESTRE-SALA: Hégio Laurindo da Silva, o Delegado.
1ª PORTA-BANDEIRA: Sebastiana Teixeira de Almeida, a Nininha Xoxoba.
 
 

(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação.

sábado, 21 de setembro de 2013

CARNAVAL DE 1949

  Mascotes e Sambistas.
 
FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Grupo I.
LOCAL: Praça Onze.
DATA: 27/02/1949.
CLASSIFICAÇÃO: 1º lugar.
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: Apologia ao mestre.
CARNAVALESCOS: Funcionários da Casa da Moeda.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
AUTORES DO SAMBA-ENREDO: Nelson Sargento e Alfredo Português.
LETRA DO SAMBA
GLÓRIA AOS NOSSOS ANTEPASSADOS
COM SEUS NOMES GRAVADOS
NA HISTÓRIA DA PÁTRIA AMADA
OSWALDO CRUZ, MIGUEL COSTA,
RUI BARBOSA, ANA NERI
A CORAJOSA
ENFERMEIRA ABNEGADA
ESTES VULTOS DESTACARAM
COMO HERANÇA ENTREGARAM
OS SEUS ESFORÇOS NATURAIS
E HOJE NA GLORIFICAÇÃO
OS SEUS NOMES DEVEM SER
PARA SEMPRE IMORTAIS
RUI BARBOSA
FOI COMO MAGO APOLOGISTA
MIGUEL COUTO ESPECIALISTA
ANA NERI
SÍMBOLO DA PACIÊNCIA
OSWALDO CRUZ
MESTRE DA BIOLOGIA
COM SUAS GALHARDIAS
FOI APÓSTOLO DAS CIÊNCIAS
ESSES VULTOS REUNIDOS
RECEBERAM DO BRASIL QUERIDO
AS GLÓRIAS QUE FAZEM JUS
MIGUEL COUTO
RUI BARBOSA
ANA NERI, OSWALDO CRUZ
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Waldemiro Tomé Pimenta, o Mestre Waldomiro.
FICHA TÉCNICA DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
1º MESTRE-SALA: Hégio Laurindo da Silva, o Delegado.
1ª PORTA-BANDEIRA: Sebastiana Teixeira de Almeida, a Nininha Xoxoba.
 
 

(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

CARNAVAL DE 1948

FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Grupo I.
LOCAL: Praça Onze.
DATA: 08/02/1948 (domingo).
CLASSIFICAÇÃO: 4º lugar.
PONTUAÇÃO: 125 pontos.
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: Vale do São Francisco.
CARNAVALESCOS: Funcionários da Casa da Moeda.
ROTEIRO DE DESFILE (02)
A APRESENTAÇÃO
     A Escola de Samba Estação Primeira se apresentará ao público deste ano da seguinte forma:
      1º Carro (Pede Passagem). Com alegorias aos Estados de Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco
Comissão de Frente (em fantasia).
     Em seguida diversas crianças fantasiada apresentando a "Flora e a Fauna da Região" da nascente do rio.
     2º Carro (Serra da Canastra e Nascente do Rio). Simbolizado por uma figura feminina tendo aos ombros uma criança despejando água sobre um caramujo.
     Apresentação do 1º Mestre-Sala e 1ª Porta-Bandeira. Comissão do 3º Carro.
     3º Carro (Força Hidráulica). Redenção do Vale de São Francisco. Simbolizado por um tronco de velho que despeja água sobre uma turbina ladeada por dois painéis apresentando uma cidade industrial.
     No fundo ao alto, o retrato do Chefe do Poder Executivo, tendo a direita e abaixo o governador da Bahia e a esquerda o Chefe da Casa Civil da Presidência da República.
    Comissão de moças. Simbolizando as cachoeiras do rio apresentação do 2º Mestre-Sala e 2ª Porta-Bandeira. Comissão de pescadores (em fantasias), representando o tráfego do rio e a riqueza piscosa das suas águas, escoltando o 4º Carro.
     4º Carro. Confraternização das águas do rio com o oceano. Simbolizado por uma sereia numa concha puxada por três cavalos marinhos e ao fundo o busto de um caboclo emergindo das águas.
2ª PARTE
     A Bateria representando os operários do Vale. Ladeando o cortejo o conjunto de baianas, simbolizando os portos e cidades ribeirinhas da região São Franciscana.
FICHA TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
AUTORES DO SAMBA-ENREDO: Cartola e Carlos Cachaça.
LETRA DO SAMBA
NÃO HÁ NESTE MUNDO UM CENÁRIO
TÃO RICO, TÃO VÁRIO
E COM TANTO ESPLENDOR
NOS MONTES
ONDE JORRAM AS FONTES
QUE QUADRO SUBLIME
DE UM SANTO PINTOR
PERGUNTA O POETA ESQUECIDO
QUEM FEZ ESTA TELA
DE RIQUEZAS MIL
RESPONDE SOBERBO O CAMPESTRE
FOI DEUS, FOI O MESTRE
QUEM FEZ MEU BRASIL
MEU BRASIL!
MEU BRASIL!
E SE VIRES POETA DO VALE
O VALE DO RIO
EM NOITE INVERNOSA
EM NOITE DE ESTIO
COMO UM CHÃO DE PRATA
RIQUEZAS ESTRANHAS
ESPRAIANDO BELEZA
POR ENTRE MONTANHAS
QUE FICAM E QUE PASSAM
EM TERRAS TÃO BOAS
PERNAMBUCO, SERGIPE
MAJESTOSA ALAGOAS
 
E A BAHIA LENDÁRIA
DAS MIL CATEDRAIS
E A TERRA DO OURO
BERÇO DE TIRADENTES
QUE É MINAS GERAIS
FICHA TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR GERAL DE BATERIA: Waldemiro Tomé Pimenta, o Mestre Waldomiro.
FICHA TÉCNICA DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
1º MESTRE-SALA: Hégio Laurindo da Silva, o Delegado. 
1ª PORTA-BANDEIRA: Sebastiana Teixeira de Almeida, a Nininha Xoxoba.
 
 

(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação.
(02) - Texto extraído do jornal Correio da Manhã, publicada em 27/02/1949, p.20.