Ala
dos Periquitos.
FICHA TÉCNICA DO DESFILE (01)
GRUPO: Grupo I.
LOCAL: Av. Rio Branco
(trecho entre a Rua Santa Luzia e a Praça Mauá).
CONCENTRAÇÃO: Esplanada do Castelo.
DATA: 28/02/1960
(domingo).
ORDEM DE DESFILE:
11ª Escola a desfilar.
CONTIGENTE: 4.800
componentes.
NÚMERO DE ALAS: 15
Alas.
CLASSIFICAÇÃO: 2º
lugar.
PONTUAÇÃO: 98
pontos.
OUTRAS INFORMAÇÕES
JULGADAS NECESSÁRIAS
A Mangueira foi
laureada com medalhas e prêmios individuais de: Melhor Mestre-Sala, Melhor
Bateria e Melhor Samba. E um prêmio de Cr$ 70 mil por sua colocação.
FICHA TÉCNICA DE ENREDO
ENREDO: Carnaval de todos
os tempos.
CARNAVALESCO: A Diretoria da Escola.
AUTOR DO ENREDO: A Diretoria da
Escola.
ROTEIRO DO DESFILE
O
enredo será apresentado em quatro fases.
1ª
FASE – O que criou corpo no morro e desceu ao asfalto.
2ª
FASE – O Praça Onze onde se realizaram os maiores festejos carnavalescos.
3ª
FASE – O das Escolas de Samba que chegou ao Teatro Municipal.
4ª
FASE – E o que se tornou conhecido em todo o mundo caracterizado pela baiana.
AS
ALEGORIAS
Representando as fases, aparecerão quatro
carros alegóricos. O primeiro através da pintura e escultura, demonstrará o Samba
e o Morro com os seus detalhes: os barracos, a tendinha, a roupa na corda, os
tocadores de violão, as rampas e escadas e os postes elétricos tombados. À
frente do carro, representando a Escola de Samba desce do morro para propagar a
sua música, desfilarão o Mestre-Sala e a Porta-Bandeira.
O segundo carro apresentará o sambista da
Praça Onze: camisa listrada, lenço no pescoço, chapéu de
palha e chinelo charlote. O sambista, que será representado por um boneco de
dois metros de altura, aparecerá sambando. Ainda representando a Praça Onze,
atrás do boneco, haverá um painel, com a Praça pintada a óleo, também com todos
os detalhes, inclusive os quiosques. Sobre o painel virá um pandeiro, com uma
homenagem ao sambista Sinhô.
O Teatro Municipal (o terceiro carro) será
representado como que decorado, com a figura do Rei Momo inclusive, além das
fantasias vencedoras do Carnaval de 1959, que ficarão sobre as escadarias do Teatro.
Finalmente, o quarto carro trará uma
baiana gingando sobre um gigantesco globo terrestre. A explicação da Estação
Primeira para a baiana é a seguinte: "Escolhemos a baiana para representar
o Samba por ser a figura que mais vezes se apresentou em nome do Samba e ainda
por ter sido a vestimenta utilizada por Carmem Miranda, uma das primeiras a
conseguir para a nossa música um lugar de destaque no cenário internacional da
Música Popular Brasileira".
ALAS
Abrindo o desfile, a Comissão de Frente,
representara pela Ala da Mocidade Rica. Virá de fraque completo e representa o Samba
em traje de gala. Depois aparecerá o Carnaval Antigo: Zé Pereira, com seu bumbo
com que abria os carnavais, os diabinhos, dominós, palhaços, burrinha,
bumba-meu-boi e outros.
Escoltando e precedendo o carro da Praça
Onze, virão os bambas, batuqueiros da época do início do Samba. Todos os
componentes deste grupo são homens que realmente tomaram parte nas batucadas da
"balança" da Praça Onze, inclusive o sambista Juvenal, que foi um dos
fundadores da primeira Escola de Samba do Brasil (a Deixa Falar) e que como
Cartola, depois de vários anos de afastamento volta ao Carnaval. Ainda,
demonstrando a primeira fase do Samba, desfilarão as famosas Baianas de Chita.
FANTASIAS
Depois aparecerão as fantasias que
marcaram época no Carnaval Carioca: Os Pobres de Paris, Embaixadores, Boêmios e
Nobres, além dos Pierrôs, Arlequins e Colombinas. Os Arlequins serão representados
pela Ala dos Magnatas do Samba.
O Rei Momo será representado pelo famoso
Chico Porão, um dos fundadores da Estação Primeira, que será seguido pelas
Vedetes do Carnaval Antigo.
Duas fantasias premiadas no Concurso do
Teatro Municipal aparecerão: "Mnotchka", no corpo da pastora Noca, e
"Maria Antonieta" com a Ala dos Caprichosos da Mangueira. Seguem-se
as Ala dos Aliados, dos Barões, dos Lordes, e dos Duques, também com fantasias
do Municipal.
Em seguida surgirão quatro rapazes e
quatro moças com as roupas com que costumam apresentar-se os sambistas que vão
ao exterior.
Após o quarto carro, virá o monumental
corpo de baianas da Escola de Samba Estação Primeira, precedido pela Ala das
Baianas Ricas e das Baianas Modernas. Desfilará, então a Bateria da Mangueira,
composta, este ano, cem elementos que será seguida da Ala dos Compositores e da
Diretoria.
Os dirigentes da Agremiação chamam a
atenção para o grande Mestre-Sala Delegado e a Porta-Bandeira Neide, uma das
maiores do Brasil.
FICHA
TÉCNICA DO SAMBA-ENREDO
AUTORES
DO SAMBA-ENREDO: Hélio Turco, Pelado e Cícero.
LETRA DO SAMBA
SAMBA!
MELODIA DIVINA
TU ÉS MAIS EMPOLGANTE
QUANDO VENS DA COLINA
SAMBA!
ORIGINAL ÉS VERDADEIRO
ORGULHO
DO FOLCLORE BRASILEIRO
O TEU LINEAR DE VITÓRIAS
FOI NA PRAÇA ONZE DE OUTRORA
NAS LINDAS FANTASIAS
QUE CENÁRIO MODIFICOU
AS VELHAS BATUCADAS
DO SAUDOSO SINHÔ
OH!
QUE REINADO DE ORGIA
ONDE O SAMBA IMPERAVA
MATIZANDO ALEGRIA
REI MOMO E AS ESCOLAS DE SAMBA
DERAM MAIS ESPLENDOR
AO NOSSO CARNAVAL
E O SAMBA FASCINANTE
PENETRAVA NO MUNICIPAL
SUA EPOPÉIA TRIUNFANTE
ATINGEM TERRAS BEM DISTANTES
NÃO ENCONTRANDO FRONTEIRAS
O SAMBA CONQUISTOU
PLATÉIAS ESTRANGEIRAS
FICHA
TÉCNICA DE BATERIA
DIRETOR
GERAL DE BATERIA: Waldemiro Tomé Pimenta, o Mestre Waldemiro.
TOTAL DE COMPONENTES
DA BATERIA: 100 componentes.
FICHA
TÉCNICA DE HARMONIA
PUXADOR DO
SAMBA-ENREDO: José
Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão.
FICHA
TÉCNICA DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
1º
MESTRE-SALA: Hégio Laurindo da
Silva, o Delegado.
1ª
PORTA-BANDEIRA: Neide.
2ª
PORTA-BANDEIRA: Rivailda Nascimento
de Souza,
a Mocinha.
ANÁLISE DO DESFILE
MANGUEIRA RENASCE (02)
A Escola de Samba Estação Primeira, da
Mangueira, voltou a desfilar como favorita novamente dirigida pelo seu
fundador, Cartola, e com a participação dos seus ex-diretores, que formaram a
Galeria da Velha Guarda.
O enredo da Mangueira foi "Glória ao
Samba" e procurou apresentar o ciclo do Samba, do seu surgimento nos
morros ao seu êxito no Baile de Gala do Teatro Municipal. As carretas
apresentadas (nas cores Verde-e-Rosa) recordavam velhos carnavais: pierrôs,
arlequins e dominós. A Mangueira exibiu as fantasias mais ousadas do desfile,
inclusive algumas mulatas com calcinhas bem curtas, feito vedetes. A
Porta-Bandeira Neide e o Mestre-Sala Delegado exibiram-se com sucesso e
sagraram-se os melhores do desfile, repetindo êxitos dos anos anteriores.
(01) - As informações que compõem as fichas foram extraídas da referência bibliográfica da Agremiação, com exceção do Roteiro do Desfile, extraído do Jornal do Brasil de 24/02/1960.
(02) Texto publicado no Jornal do Brasil de 01/03/1960, p.
12.
Não existe áudio desse samba? Nunca foi gravado? Procurei demais e nada....
ResponderExcluir