FEVEREIRO
- Com
o enredo "E deu a Louca no Barroco", a Agremiação se recuperou um
pouco do desastre do ano anterior, no desfile realizado no dia 26;
- Centralizado
em Sinhá Olímpia a linda homenagem a Ouro Preto. A beleza do desfile que emocionou
e sacudiu o público com o samba que todos cantaram, e impressionou pelo luxo
das fantasias, só foi ofuscado pela quebra, em plena pista, do deslumbrante e
gigantesco carro alegórico representando o barroco mineiro, que provocou o
atraso de algumas alas. Resultado: perda de cinco pontos em cronometragem. Uma
pena, uma pena, pois a apresentação da Verde-e-Rosa, até então, estava
magnífica.
1991
FEVEREIRO
- Com
o enredo "As três rendeiras do Universo", a Agremiação participou do
desfile realizado no dia 10;
- A
simplicidade exagerada da renda em verde e rosa se transformou, aos poucos, em
cansativa monotonia. Os toscos carros alegóricos além de não trazerem nada de
criativo, também não ajudaram a desenvolver o enredo;
- O
samba mediano também não conseguiu contagiar todos os componentes e muitos,
pasmem, cometeram a suprema heresia de arrastar os pés em plena pista. A bem da
verdade, faltou a Mangueira no desfile da Mangueira;
- A
Agremiação escapou por pouco de um vexame, o rebaixamento, acabando o Carnaval
em 12º lugar.
JUNHO
- No
dia 12, faleceu aos 77 anos de idade, Aloísio Dias, Presidente da Velha Guarda.
SETEMBRO
- No
dia 08, faleceu aos 74 anos de idade, Adesman Lemos de Souza, o Mestre Cazuza.
OUTUBRO
- No
dia 08, faleceu aos 51 anos idade, Orlandir Pascoal Justo, Vice-Presidente.
AINDA NESTE ANO
- Foi
contratado o carnavalesco Ilvamar Magalhães, para desenvolver o Carnaval de
1992, posto que vai ocupar até 1995.
1992
MARÇO
- No
desfile do dia 01, a Agremiação apresentou o enredo "Se Todos Fossem
Iguais a Você...", uma homenagem a Tom Jobim que não melhorou a sua sorte;
- O
bom samba animou a arquibancada que parecia, ainda, um pouco fria. A Agremiação
tingiu levemente de branco e prata algumas de suas Alas. O resultado foi um desfile
bonito e correto que, surpreendentemente, não emocionou tanto quanto se esperava;
- O
maestro Tom Jobim estava muito emocionado com a homenagem, mas ficou bastante
preocupado com a altura do carro alegórico em que desfilou, aonde vinha um
piano de cauda no centro de um jardim.
AINDA NESTE ANO
- Roberto
Firmino, assume a presidência da Agremiação, cargo que ocupou até 1995.
1993
FEVEREIRO
- Neste
ano a Agremiação deixou de lado as homenagens a terceiro, entrando no Sambódromo
dia 22 com mais um enredo auto-exaltação, "Dessa Fruta eu Como até o Caroço";
- A
Agremiação passou compacta, com a garra e com a vibração de sempre. Só faltaram
mesmo, o verde e o rosa. Para contar a história da manga, desde a Índia e da África,
o carnavalesco Ilvamar Magalhães abusou do branco, prata, ouro, vermelho,
amarelo, laranja e, até mesmo, alguns tons de marrom;
- Superando
algumas crises internas, a Agremiação surpreendeu ao realizar o seu melhor
desfile em anos.
JULHO
- No
dia 02, aos 79 anos de idade, faleceu Waldemiro José da Rocha, o compositor
Babaú da Mangueira.
1994
FEVEREIRO
- Seguindo
a tradição de levar personalidades para a avenida, a Agremiação apresentou no
desfile do dia 13, o enredo "Atrás da Verde e Rosa só não vai quem já
Morreu";
- Homenageando
os Doces Bárbaros: Bethânia, Gal, Caetano e Gil, a candidata, favoritíssima ao
título de campeã, acabou não correspondendo à expectativa inicial. Levantou a
passarela desfilando com garra e vibração, mas a falta de criatividade e a
quebra de um dos carros alegóricos comprometeram, definitivamente, a sua
apresentação.
JULHO
- No
dia 10, faleceu o carnavalesco Júlio Matos;
- No
dia 15, faleceu o Mestre-Sala Robertinho.
AINDA NESTE ANO
- Faleceram:
Mussum e Cícero dos Santos, o Cícero.
1995
FEVEREIRO
- Buscando
inspiração nas lendas da Rainha Alamoa, lá de Fernando de Noronha, para desenvolver
o seu o enredo "A Esmeralda do Atlântico", que não trouxe um
resultado expressivo, a Agremiação participou do desfile realizado no dia 27;
- A
Bateria esteve perfeita, e o samba, que não era lá grande coisa, cresceu muito
na voz de Jamelão, só para variar;
- As
fantasias e os carros alegóricos apresentaram qualidade de acabamento e um bom
gosto surpreendente. Com tudo isso, a Verde-e-Rosa entrou quente e poderia ter
saído como uma das favoritas. Contudo, do meio para o fim serenou, com muitas
Alas passando sem cantar. O problema é que a Velha Manga nunca foi de dar
sereno pra ninguém.
AINDA NESTE ANO
- Elmo
José dos Santos, assume a presidência da Agremiação, cargo que ocupou até 2001;
- Foi
contratado o carnavalesco Oswaldo Jardim, que permaneceu ocupando o cargo até
1997.
1996
FEVEREIRO
- No
desfile do dia 19, a Agremiação apresentou-se com o enredo "Os Tambores da
Mangueira nas Terras da Encantaria";
- A
Agremiação fechou com chave verde e rosa os dois dias de desfiles, encantando a
todos com as lendas do Maranhão. Se o tema não era original, a concepção criada
pelo carnavalesco Oswaldo Jardim deu um enfoque totalmente novo;
- Os
carros alegóricos não primaram pelo requinte, embora não se possa queixar da
falta de originalidade dos mesmos;
- Veio
bem vestida, leve e divertida. Como poucas, transmitiu essa alegria às arquibancadas
que se sentiram recompensadas por aguardá-la.
AINDA NESTE ANO
- Faleceram:
Sebastiana Teixeira de Almeida, a passista e Porta-Bandeira Nininha Xoxoba e
Herlito Machado Fonseca, o compositor Tolito.
1997
FEVEREIRO
- Com
o enredo "O Olimpo é Verde e Rosa" apresentado no dia 09, a
Agremiação engrossou o coro da campanha que tentou trazer a Olimpíada de 2004
para o Rio de Janeiro, dado como exemplo a transformação social ocorrida no
morro a partir da implantação, agora já consagrada, da Vila Olímpica;
- O
desfile foi marcado pela irregularidade. Após um início de pura emoção e empolgação,
a Agremiação foi perdendo o fôlego e terminou a sua apresentação de forma arrastada
e repetitiva. Ainda não foi dessa vez que ela garantiria a sua medalha de ouro;
- Destaque
especial para o imenso boneco de espuma representando Nero. Marca registrada do
carnavalesco Oswaldo Jardim.
MAIO
- No
dia 26, faleceu Jahir Dias de Oliveira, o compositor Jajá da Mangueira.
OUTUBRO
- O então presidente dos EUA, Bill Clinton, visita a Vila Olímpica e joga bola com Pelé.
AINDA NESTE ANO
- Faleceram:
José Ananias, compositor e ex-Presidente e o grande Mestre-Sala Roxinho;
- O
samba-enredo escolhido para o Carnaval de 1998, gerou uma grande polemica na
Agremiação, devido ao fato de entre os seus autores três compositores serem
paulistas;
- Ocorreu
a contratação do carnavalesco Alexandre Louzada, ele vai ocupar esta função até
2000.
1998
FEVEREIRO
- Sem
ver a cor de um título desde 1987, a Agremiação entrou no Sambódromo, em um
perigoso clima de "já ganhou" no desfile do dia 23, apresentando o
enredo "Chico Buarque da Mangueira";
- Depois
de tantas homenagens fracassadas (inclusive a prestada a Tom Jobim) finalmente
a Agremiação acertou a mão;
- Foi
com um Carnaval empolgante, que emocionou o público e os sambistas, que a
Verde-e-Rosa derramou poesia na passarela para exaltar o poeta no enredo que
foi a grande marca desse Carnaval;
- A impressionante
Comissão de Frente, composta por malandros cariocas em extasiante coreografia,
foi o prelúdio de um fenomenal espetáculo maculado, apenas, pela falta de
criatividade das fantasias de algumas alas. Nada comprometedor;
- O
carisma do homenageado, o sucesso do samba-enredo, tão injustamente criticado,
e a garra apaixonante de cada componente fizeram o público da Sapucaí
levantar-se para aclamar o desfile triunfal, que surpreendeu pela simplicidade
comovente;
- A
última ala, ‘retrato em branco e preto’, trouxe painéis que ao se juntarem
formavam o rosto do próprio homenageado. Um grande momento que ninguém jamais
conseguirá esquecer;
- O
próprio Chico Buarque veio com muita simplicidade e timidez no carro dos baluartes
reverenciando os grandes nomes da Escola durante todo o desfile. Muito bonito
mesmo;
- A
Agremiação só matou a sua sede de vitória e como saboreou a vitória com sabor especial,
a celebração aos seus 70 anos de existência;
- Pela
primeira vez na história do Sambódromo, duas Escolas de Samba (Mangueira e
Beija-Flor) dividiram o título de campeãs do Carnaval.
ABRIL
- A
parti do dia 19, a Agremiação passou a titular ex-presidentes, compositores,
ritmistas, porta-bandeiras e pessoas que são seus sustentáculos, como
Baluartes. Os primeiros as serem agraciados com esse título foram: Brogogério, China
do Surdo, Chiquinho Modesto, Delegado, Dona Neuma, Dona Zica, Jamelão, Mocinha,
Nelson Sargento, Onorina, Preto Rico, Robertinho, Seu Ed, Tia Míuda, Tinguinha,
Tio Jair, Tuninho Caôlho, Xangô, Zé Criolinho, Zé Ramos e Zizinho Careca.
AGOSTO
- No
dia 21, faleceu aos 81 anos de idade, Francisco Modesto, o Baluarte Chico
Modesto.
1999
FEVEREIRO
- No
dia 14, faleceu aos 80 anos de idade, Homero José dos Santos, o Baluarte Tinguinha;
- No
dia 15, a Agremiação participou do desfile apresentando o enredo "O século
do samba", um belo passeio pela história do samba no século XX;
- A
emocionante Comissão de Frente homenageando 14 sambistas "imortais"
(utilizando máscaras de silicone e um figurino perfeito, os integrantes
personalizaram os seguintes bambas: Carmem Miranda, Clara Nunes, Clementina de
Jesus, Tia Ciata, Candeia, Cartola, Donga, Ismael Silva, Mestre Fuleiro, Natal,
Nelson Cavaquinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Sinhô), arrebatou a todos e entrou,
incontestavelmente, para a história do Carnaval. Infelizmente o impacto inicial
não foi mantido até o final. O excesso de componentes atrapalhou a evolução,
que se arrastou no início, correu a partir da metade e abriu um enorme buraco
no final;
- Uma
pena que a saia vazada da primeira Porta-Bandeira tenha arrebentado, prejudicando
sua exibição. A roupa da Giovana homenageava a inesquecível Neide.
AGOSTO
- No
dia 05, aos 88 anos de idade, faleceu Aureliano dos Santos, o Baluarte Zizinho
Careca;
- No dia
16, aos 97 anos de idade, faleceu Carlos Moreira de Castro, o compositor
Baluarte e Presidente Honra Carlos Cachaça;
- No
dia 21, aos 88 anos de idade, faleceu Aureliano dos Santos, o Baluarte Zizinho
Careca.
NOVEMBRO
- No
dia 23, aos 80 anos de idade, faleceu Antônio Cândido, o Baluarte Tuninho Caôlho.
* As informações que compõem esta postagem, têm como base
as obras que constam na postagem referência bibliográfica.
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